Titulo:
La bibliothèque des cœurs cabossés
Titulo original:
Läsarna i broken wheel rekommenderar
Autor/a:
Katarina Bivald
Editora:
Denöel
Páginas:
482
Género:
Contemporâneo
Site
autor/a: http://katarinabivald.se/en/
Sinopse:
Tout commence par les lettres que s'envoient
deux femmes très différentes : Sara Lindqvist, vingt-huit ans,
petit rat de bibliothèque mal dans sa peau, vivant à Haninge en
Suède, et Amy Harris, soixante-cinq ans, vieille dame cultivée et
solitaire, de Broken Wheel, dans l'Iowa. Après deux ans d'échanges
et de conseils à la fois sur la littérature et sur la vie, Sara
décide de rendre visite à Amy. Mais, quand elle arrive là-bas,
elle apprend avec stupeur qu'Amy est morte. Elle se retrouve seule et
perdue dans cette étrange petite ville américaine. Pour la première
fois de sa vie, Sara se fait de vrais amis - et pas uniquement les
personnages de ses romans préférés -, qui l'aident à monter une
librairie avec tous les livres qu'Amy affectionnait tant. Ce sera
pour Sara, et pour les habitants attachants et loufoques de Broken
Wheel, une véritable renaissance. Et lorsque son visa de trois mois
expire, ses nouveaux amis ont une idée géniale et complètement
folle pour la faire rester à Broken Wheel.
Opinião: Este é o
primeiro livro da autora e nota-se. É um livro com alguns defeitos:
alguma “palha” sobretudo quando se perde a citar livros e
autores, intriga completamente previsivel, bastantes clichés, e
personagens que se tornaram autênticas caricaturas, mas eu adorei. O
que me chamou a atenção neste livro foi a capa e a sinopse acabou
por convencer-me quando vi que a protagonista é uma devoradora de
livros que os adora e venera. A escrita é simples e narrada. Esta é
a historia de Sara, sueca, 28 anos, a vida social é uma desgraça,
trabalhava numa livraria, mas começa o livro no desemprego, é uma
personagem “perdida”, um pouco desleixada e autoconfiança
próxima de zero, a única alegria a leitura e a correspondência que
iniciou com uma perfeita desconhecida sobre literatura a Amy, uma
americana. Sem grande coisa para fazer e porque sente a necessidade
de fazer algo, aceita o convite de Amy para ir aos EUA e à sua
pequena vila. O livro começa com Sara à espera de Amy que não
aparece, é ajudada por desconhecidos que a levam à vila Broken Wheel, um canto perdido, uma vila em falência e a caminhar
para se tornar fantasma, mas pior, descobre o motivo do atraso de Amy.
Esta morta, e chegou no dia do enterro. E é aqui que a intriga
começa a ter piada, os habitantes decidem adopta-la, fazer de tudo
para que fica. Sara é uma novidade a única turista em anos, decidem
fazer de tudo para que se sinta bem, até arranjar-lhe um homem, é
que algumas das habitantes, acham que é o que ela esta a precisar,
se não nunca teria escolhido ir visita-los. Mas algo que começa
como inocente acaba por transformar-se em algo sério. Sara
sente que já conhece os habitantes graças às cartas de Amy, faz
amizades, para agradecer o apoio e homenagear a amiga , decide
abrir uma livraria com os livros dela e descobrir um livro para
cada habitante. Começam todos a ajudar, até porque a vila vizinha e
rival não acha piada, algo que aumenta a estima dos habitantes.
Existem neste livro cenas hilariantes. Questão romance: vão lhe
apresentar o Tom, giro, um pouco frio, porque não acha piada que
tenham decidido sacrifica-lo pelo bem da vila. Ele esta frustrado,
ela envergonhada, mas entre os dois vai passar a corrente, e
descobrir que as diferenças os complementam. A Amy apesar de morta
esta presente na intriga em comentários, mas também porque entre os
capítulos a autora colocou as cartas dela para a Sara. Alguns dos
personagens:
Sara: uma sueca
amante de livros perdida no fim do mundo da América, mas vai ser lá
que se vai sentir em casa e que encontra amigos e o amor
Tom: um dos “jovens”
da vila. Sacrificado pelos habitantes para conquistar a Sara, não
acha piada nenhuma. Amigo de Amy, nunca partiu da vila pelo pai, mas
agora que nada o prende esta disposto a partir. Não sabe o que Sara
encontra num livro, mas acha piada vê-la pedida numa leitura
Caroline: a
presidente da câmara não oficial. É ela o pilar da moralidade,
gere tudo desde problemas da vila a familiares dos habitantes. Fria,
conservadora, solitária. Vai ter o choque da vida quando se repara
com a estante para livros gay, e descobre que é atraente para o Josh
um novo empregado do bar que é uns anitos mais novo.
George: alcoólico,
esta sem beber à 1 mês, não suportou o abandono da esposa que
levou a filha com ela. Vai servir de motorista à sara, e descobre
que é fã de chic-lit
Andy e Carl, donos
do bar local são um casal assumido, mas os restantes habitantes
estão em negação. O Andy ajuda a Caroline no jornal
Jen: mãe de casa
frustrada, é dona, editora, fotografa,jornalista do único jornal da
vila, e na maioria das vezes também entrevista ( não tem complexos
em responder às próprias perguntas se mais ninguém o fazer).
Grace: de verdadeiro
nome Madeleine dona do café/restaurante. É uma inconformada, esta
revoltada por a mãe ter quebrado a tradição familiar: casou, não
foi mãe solteira, era simpática, e mudou o nome que era uma
tradição. Adora uísque e a espingarda. Frontal, bruta, com a
Carolina é a guerra
Gertrudes e Annie
May, as velhotas de serviço. A primeira deve ter sido um general
numa vida anterior, a outra adora romances de preferência
harlequins. Tem ambas um aspecto simpático que usam e abusam de
forma a obterem aquilo que querem são terríveis.
John: personagem
discreta, quase silenciosa, foi o amor proibido da Amy, ela era
branca, ele de cor. Uma pena a autora não ter aproveitado mais este
personagem.
Uma cena hilariante
deste livro. A vila esta em “guerra” com outra a Hope que se
considera superior. Quando descobrem sobre a livraria muitos decidem
gozar. O plano dos habitantes para que sejam os outros a sentirem-se
inferiores: dar um livro a todos os habitantes, sempre que alguém de
Hope chegar todo o mundo começa a ler, incluindo os clientes do bar
que mal abrem os olhos, e uma estante com recomendações dos
habitantes todos autores premiados e grandes clássicos. Mas fica
tudo estragado quando a Annie May entra e pede Harlequins.
Nota: 4 /5
"Os livros ou as pessoas, perguntas-tu. Difícil escolha, devo dizer. Eu não sei se as pessoas são muito mais do que os livros - em todo o caso, eles não são mais amigáveis, ou mais engraçados, nem fonte de mais consolação… no entanto, por mais voltas que dê à pergunta, no fim, vejo-me mesmo assim obrigado a escolher as pessoas. Mesmo se a minha vida estivesse em jogo, não posso explicar porquê teria o mau gosto de preferir as pessoas. Quando se considera os valores brutos, os livros ganham sem contestação possível - de toda a minha vida, talvez eu tenha gostado de uma meia dúzia de pessoas em comparação com as dezenas ou centenas de livros (e aqui, não conto os livros que eu realmente amei, aqueles cuja simples visualização nos alegra, que nos faz sempre sorrir apesar dos desgostos, aqueles que voltam sempre como um velho amigo e do qual nos lembramos quando o « encontramos » pela primeira vez)). Mas essa meia dúzia de pessoas que amamos... na realidade, valem todos esses livros.
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