sábado, 28 de fevereiro de 2015

35: Del enebro - Jacob Ludwig & Wilhelm Karl Grimm


Titulo: Del Enebro
Titulo original: Van den machandel-boom
Autor/a: Jacob Ludwig & Wilhelm Karl Grimm
Ilustrador/a : Alejandra Acosta
Editora: Jekill & Jill
Páginas: 77
Género: Conto
Site autor/a: -----

Sinopse: Del enebro es un sombrío y extrañamente luminoso cuento popular, recopilado hace doscientos años por Jacob Ludwig y Wilhelm Karl Grimm en el libro Kinder- und Hausmärchen (1812), que relata una terrible historia de infanticidio y canibalismo, botánica y ornitología, y también de amor, lealtad y venganza.
Esta edición bilingüe, traducida directamente de la obra original en Plattdeutsch (bajo alemán), ha sido exquisitamente ilustrada por Alejandra Acosta Argomedo (santiago de Chile, 1975), desde las cubiertas y las guardas, hasta el pequeño regalo que esconde el libro en su interior. sus collages, delicados y terribles, engrandecen aún más esta obra original de los hermanos Grimm, enriqueciendo los oscuros matices de la narración. Además, la obra cuenta con un excelente prólogo de Francisco Ferrer Lerín (barcelona, 1942), escritor y experto ornitólogo, en el que se desmenuzan algunos de los aspectos más turbios e interesantes del cuento.
Opinião: Este é um livro que andava a namorar à algum tempo, mas era caro. Quando me apercebi que a amazon na secção “compramos”, tinha alguns livros que eu tinha à venda não hesitei, aproveitei o vale para comprar. É um livro pequeno, mas lindíssimo, o cuidado com que foi feito é notável, tem pormenores que foram terminados à mão pela ilustradora. Del Enebro é um conto extraído do Kinder-und hausmärchen, o livro elaborado pelos irmãos Grimm e que reúne contos orais que eles transcreveram para o papel. Na altura foram criticados pela rudeza, pela violência e pelo carácter sexual, mas se não fossem eles provavelmente teriam desaparecidos. Esta tradução foi fiel, na intriga e na estrutura, ou seja os irmãos escreveram os contos da mesma forma que foram contados e por vezes parecem rimas, como se o texto estivesse a ser “cantado”. Este conto é sobre inveja, culpa, canibalismo. É a historia de uma mãe que sonha em ter um filho, passam anos, consegue, mas acaba por morrer ao dar à luz um rapaz branco como a neve e vermelho como o sangue. O pai casa de novo, e esta para proteger a parte da herança da filha e num acto impulsivo mata o miúdo, deixa a filha acreditar que foi ela que o matou e cozinha-o para o pai que sem saber se regala. Os ossos vão transformar-se num pássaro, com um objectivo. O final pode-se dizer feliz, mas macabro, achei piada à ultima frase, ambígua o suficiente para acreditarmos naquilo que quisermos. Este é um livro bilingue, no final temos o conto na versão original. Alguns detalhes do livro, que veio com um marcador, na parte final tinha uma espécie de envelope com uma imagem de uma pássaro num circulo que não faço ideia para que serve.









 
Nota: 5 /5

34: L'attrait des étoiles - Karen Chance




Titulo: L'attrait des étoiles
Titulo original: Tempt the stars
Autor/a: Karen Chance
Editora: Milady
Páginas: 524
Género: Fantasia urbana

Sinopse original: Being a goddess is a lot less fun than you might think. Especially when you’re only a half goddess, and you only found out about it recently, and you still don’t know what you’re doing half the time. And when you’ve just used your not-so-reliable powers to burglarize the booby-trapped office of a vampire mob boss.

Yeah, that part sucks.

But that’s just the tip of the iceberg for Cassandra Palmer, aka the Pythia, the freshly minted chief seer of the supernatural world. After all, Cassie still has to save a friend from a fate worse than death, deal with an increasingly possessive master vampire, and prevent a party of her own acolytes from unleashing a storm of fury upon the world. Totally just your average day at the office, right?
Opinião: 6 livro da série Cassandra Palmer. Este foi para mim o livro mais fraco da série até ao momento, e sim o facto do Mircea quase nem ter aparecido ( a cena do duche acaba por não contar, nem a breve conversa do passado), ajudou. A intriga acabou por não trazer grande coisa,foi preciso chegar à parte final para finalmente as coisas acontecerem. Algumas passagens entre capítulos achei estranhas, sobretudo uma, achei que a editora tivesse cortado algo, mas não, o livro foi publicado na totalidade. Gostei das novas personagens, prometem. A intriga deste livro passa essencialmente pela redenção da Cassandra que tenta a todo o custo salvar a alma do Pritkin, a culpa por ele ter dado a vida por si, esta a destrui-la até porque no fundo não sabe definir aquilo que sente por ele. É neste livro que eu nota mais o triângulo. Para o salvar, deve viajar ao passado e falar com a mãe, e descobrir a forma como salva-lo das garras do pai o demónio Rosier. Interessante o encontro com o pai dela. Cassandra vai descobrir mais coisas sobre o seu poder, acho incrível que ninguém tenha uma conversa séria com ela e lhe diga a verdade, evitava choques, mas sobretudo que ela soubesse mais sobre os seus poderes, e o que é que afinal esperam dela, o que significa ser realmente a Pythie. É um livro com muita informação sobre o Pritkin e o mundo dos demónios, e sobre a mãe dela, o verdadeiro poder, e identidade. Agora é esperar mais de uma ano para saber se consegue anular o sortilégio e encontrar a tempo a essência de um personagem, e com o companheiro que os senhores demónios lhe atribuíram, aposto que vai ser explosivo.
Nota: 3 /5

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

33: La bibliothèque des cœurs cabossés - Katarina Bivald

 
Titulo: La bibliothèque des cœurs cabossés
Titulo original: Läsarna i broken wheel rekommenderar
Autor/a: Katarina Bivald
Editora: Denöel
Páginas: 482
Género: Contemporâneo

Sinopse: Tout commence par les lettres que s'envoient deux femmes très différentes : Sara Lindqvist, vingt-huit ans, petit rat de bibliothèque mal dans sa peau, vivant à Haninge en Suède, et Amy Harris, soixante-cinq ans, vieille dame cultivée et solitaire, de Broken Wheel, dans l'Iowa. Après deux ans d'échanges et de conseils à la fois sur la littérature et sur la vie, Sara décide de rendre visite à Amy. Mais, quand elle arrive là-bas, elle apprend avec stupeur qu'Amy est morte. Elle se retrouve seule et perdue dans cette étrange petite ville américaine. Pour la première fois de sa vie, Sara se fait de vrais amis - et pas uniquement les personnages de ses romans préférés -, qui l'aident à monter une librairie avec tous les livres qu'Amy affectionnait tant. Ce sera pour Sara, et pour les habitants attachants et loufoques de Broken Wheel, une véritable renaissance. Et lorsque son visa de trois mois expire, ses nouveaux amis ont une idée géniale et complètement folle pour la faire rester à Broken Wheel.
Opinião: Este é o primeiro livro da autora e nota-se. É um livro com alguns defeitos: alguma “palha” sobretudo quando se perde a citar livros e autores, intriga completamente previsivel, bastantes clichés, e personagens que se tornaram autênticas caricaturas, mas eu adorei. O que me chamou a atenção neste livro foi a capa e a sinopse acabou por convencer-me quando vi que a protagonista é uma devoradora de livros que os adora e venera. A escrita é simples e narrada. Esta é a historia de Sara, sueca, 28 anos, a vida social é uma desgraça, trabalhava numa livraria, mas começa o livro no desemprego, é uma personagem “perdida”, um pouco desleixada e autoconfiança próxima de zero, a única alegria a leitura e a correspondência que iniciou com uma perfeita desconhecida sobre literatura a Amy, uma americana. Sem grande coisa para fazer e porque sente a necessidade de fazer algo, aceita o convite de Amy para ir aos EUA e à sua pequena vila. O livro começa com Sara à espera de Amy que não aparece, é ajudada por desconhecidos que a levam à vila Broken Wheel, um canto perdido, uma vila em falência e a caminhar para se tornar fantasma, mas pior, descobre o motivo do atraso de Amy. Esta morta, e chegou no dia do enterro. E é aqui que a intriga começa a ter piada, os habitantes decidem adopta-la, fazer de tudo para que fica. Sara é uma novidade a única turista em anos, decidem fazer de tudo para que se sinta bem, até arranjar-lhe um homem, é que algumas das habitantes, acham que é o que ela esta a precisar, se não nunca teria escolhido ir visita-los. Mas algo que começa como inocente acaba por transformar-se em algo sério. Sara sente que já conhece os habitantes graças às cartas de Amy, faz amizades,  para agradecer o apoio e homenagear a amiga , decide abrir uma livraria com os livros dela e descobrir um livro para cada habitante. Começam todos a ajudar, até porque a vila vizinha e rival não acha piada, algo que aumenta a estima dos habitantes. Existem neste livro cenas hilariantes. Questão romance: vão lhe apresentar o Tom, giro, um pouco frio, porque não acha piada que tenham decidido sacrifica-lo pelo bem da vila. Ele esta frustrado, ela envergonhada, mas entre os dois vai passar a corrente, e descobrir que as diferenças os complementam. A Amy apesar de morta esta presente na intriga em comentários, mas também porque entre os capítulos a autora colocou as cartas dela para a Sara. Alguns dos personagens:
Sara: uma sueca amante de livros perdida no fim do mundo da América, mas vai ser lá que se vai sentir em casa e que encontra amigos e o amor
Tom: um dos “jovens” da vila. Sacrificado pelos habitantes para conquistar a Sara, não acha piada nenhuma. Amigo de Amy, nunca partiu da vila pelo pai, mas agora que nada o prende esta disposto a partir. Não sabe o que Sara encontra num livro, mas acha piada vê-la pedida numa leitura
Caroline: a presidente da câmara não oficial. É ela o pilar da moralidade, gere tudo desde problemas da vila a familiares dos habitantes. Fria, conservadora, solitária. Vai ter o choque da vida quando se repara com a estante para livros gay, e descobre que é atraente para o Josh um novo empregado do bar que é uns anitos mais novo.
George: alcoólico, esta sem beber à 1 mês, não suportou o abandono da esposa que levou a filha com ela. Vai servir de motorista à sara, e descobre que é fã de chic-lit
Andy e Carl, donos do bar local são um casal assumido, mas os restantes habitantes estão em negação. O Andy ajuda a Caroline no jornal
Jen: mãe de casa frustrada, é dona, editora, fotografa,jornalista do único jornal da vila, e na maioria das vezes também entrevista ( não tem complexos em responder às próprias perguntas se mais ninguém o fazer).
Grace: de verdadeiro nome Madeleine dona do café/restaurante. É uma inconformada, esta revoltada por a mãe ter quebrado a tradição familiar: casou, não foi mãe solteira, era simpática, e mudou o nome que era uma tradição. Adora uísque e a espingarda. Frontal, bruta, com a Carolina é a guerra
Gertrudes e Annie May, as velhotas de serviço. A primeira deve ter sido um general numa vida anterior, a outra adora romances de preferência harlequins. Tem ambas um aspecto simpático que usam e abusam de forma a obterem aquilo que querem são terríveis.
John: personagem discreta, quase silenciosa, foi o amor proibido da Amy, ela era branca, ele de cor. Uma pena a autora não ter aproveitado mais este personagem.
Uma cena hilariante deste livro. A vila esta em “guerra” com outra a Hope que se considera superior. Quando descobrem sobre a livraria muitos decidem gozar. O plano dos habitantes para que sejam os outros a sentirem-se inferiores: dar um livro a todos os habitantes, sempre que alguém de Hope chegar todo o mundo começa a ler, incluindo os clientes do bar que mal abrem os olhos, e uma estante com recomendações dos habitantes todos autores premiados e grandes clássicos. Mas fica tudo estragado quando a Annie May entra e pede Harlequins.
Nota: 4 /5

"Os livros ou as pessoas, perguntas-tu. Difícil escolha, devo dizer. Eu não sei se as pessoas são muito mais do que os livros - em todo o caso, eles não são mais amigáveis, ou mais engraçados, nem fonte de mais consolação… no entanto, por mais voltas que dê à pergunta, no fim, vejo-me mesmo assim obrigado a escolher as pessoas. Mesmo se a minha vida estivesse em jogo, não posso explicar porquê teria o mau gosto de preferir as pessoas. Quando se considera os valores brutos, os livros ganham sem contestação possível - de toda a minha vida, talvez eu tenha gostado de uma meia dúzia de pessoas em comparação com as dezenas ou centenas de livros (e aqui, não conto os livros que eu realmente amei, aqueles cuja simples visualização nos alegra, que nos faz sempre sorrir apesar dos desgostos, aqueles que voltam sempre como um velho amigo e do qual nos lembramos quando o « encontramos » pela primeira vez)). Mas essa meia dúzia de pessoas que amamos... na realidade, valem todos esses livros.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Selo Liebster award

 
Recebi este selo da Sara do blogue encantodashistorias.  Esta TAG consiste em 6 passos:

1. Escrever 11 factos sobre ti próprio.
2. Responder às perguntas que te colocaram.
3. Nomear 11 blogs com menos de 200 seguidores.
4. Fazer 11 perguntas a esses blogs nomeados.
5. Colocar a foto da Tag Liebster Award no post.
6. Enviar o link do post a quem te nomeou.

As perguntas da Sara:

1. Como surgiu o teu blog? Qual a ideia que o gerou?

A finalidade deste blogue é ter um registo das minhas leituras, de forma a não esquecer aquilo que li

2. Diz um post que adoraste ter feito e porquê.

Gosto bastante dos post de fotografia

3. Há quanto tempo existe o blog?

Primeiro post : 7 de maio de 2012

4. Tens algum objectivo para 2015?

Continuar a manter activo o blogue

5. Qual foi o último concerto que assististe?

Nem me lembro

6. Fala de um filme que te tocou bastante e porquê.

O campião, foi o primeiro filme que eu me lembre, em que chorei como uma madalena

7. Qual o livro que mais gostaste de ler até agora?

Pergunta dificil, não consigo responder

8. Se pudesses entrevistar alguém (para o blog ou relacionado com ele), quem seria?

Infelizmente jà não posso fazer. Tive a honra de viver com a minha bisavo durante 18 anos. A vida dela foi tudo menos um mar de rosas, filha de mãe solteira, vitima de preconceito por esse facto, saiu de casa aos 9 para trabalhar. Sobriveu a 2 filhos, o ultimo nunca o ultrapassou. Nunca foi à escola, o seu maior desgosto, e isso notava-se quando nos via a fazer deveres, pela forma como tocava nos livros e cadernos, como os tratava com respeito, pelo olhar triste, como acariciava os livros quando pensava que mais niguém estava a olhar. Adorava inventar historias. Uma grande mulher.

9. Se pudesses conviver com um famoso (vivo ou morto) por um dia, quem seria e porquê?

Adorava conversar com o papa Francisco, gosto da sua forma de ser

10. Um sítio onde gostavas de viver (pode ser um sítio onde já viveste)

Adorava volta a casa

11. Qual é o teu maior sonho?

Em termos de livros, ler tudo o que tenho em espera
 
As perguntas:
1- quando terminares de ler esta pergunta, escreve a primeira coisa que te vem à cabeça.

2- Mais dança na chuva, ou apenas no chuveiro?

3- imagina-te, estas à séculos para comprares "aquele" livro que mais queres, só sobram 2, o primeiro já foi... e o segundo esta à mesma distancia de ti e de outra leitora fanática, o que farias?

4- és capaz de ficares horas à espera de um autografo da tua autora preferida?

5- na continuação da pergunta anterior, é a tua vez finalmente, e a autora decide terminar a sessão, o que é que fazes?

6- tens algum problema em leres em publico um livro com uma capa altamente tórrida, com um moçoilo meio despido (exemplo)?

7- se pudesses mudar o titulo de um livro qual seria, e qual o titulo?

8- já te apeteceu insultar um autor?

9- de que coisas já abdicas-te só para comprares um livro?

10- terminas-te de leres o livro mais desejado dos últimos tempos por ti, o final é horrível, qual a tua reação?

11- Que pergunta nunca te fizeram que gostarias que tivessem feito?

Tenho que indicar 11 blogues, como não faço ideia a maioria ja recebeu, quem quiser pode servir-se

32: A filha do barão - Célia Correia Loureiro

 
Titulo: A filha do barão
Titulo original: A filha do barão
Autor/a: Célia Correia Loureiro
Editora: Marcador
Páginas: 574
Género: Historico
Site autor/a: -Correia-Loureiro

Sinopse: Quando D. João tece a união da sua única filha, Mariana de Albuquerque, com o seu melhor amigo - um inglês que investiga o potencial comercial do vinho do Porto -, não prevê a espiral de desenganos e provações que causará a todos. Mariana tem catorze anos e Daniel Turner vive atormentado pela sua responsabilidade para com a amante. Como se não bastasse, o exército francês está ao virar da esquina, pronto a tomar o Porto e, a partir daí, todo o país. No seu retiro nos socalcos do Douro, Mariana recomeça uma vida de alegrias e liberdade até que um soldado francês, um jovem arrastado para um conflito que desdenha, lhe bate à porta em busca de asilo. Daniel está longe, a combater os franceses, e Gustave está logo ali, com os seus ideais de igualdade e o seu afecto incorruptível, disposto a mostrar-lhe que a vida é mais do que um leque de obrigações
Opinião: Este livro foi uma grande surpresa, já tinha lido criticas excelentes, esta leitura confirmou tudo. É um orgulho ter uma portuguesa a escrever assim. A escrita é simples, o texto é narrado, com pouco diálogos sobretudo na parte inicial, o que não é do meu agrado normalmente, mas neste até nem incomodou bastante. A autora conseguiu criar personagens com carisma e dinâmicos, imperfeitos o que os tornou bastante reais. Esta é a historia de Mariana filha de um barão cuja mão é dada por este a um inglês, Daniel, um comerciante rico que sonha em produzir vinho do Porto. Entre eles as diferenças são bastantes, a idade, a cultura, a forma de estar, o único que os une, o amor e respeito ao pai dela que se encontra doente e que quer este casamento para deixar a filha “arrumada”, e pouca vontade em casarem um com o outro. Ela esconde debaixo de um comportamento correcto, uma rebelde, um comportamento por vezes infantil e bastante inocente em relação a tudo que esteja relacionado com uma relação entre 2 pessoas. A relação com a mãe é péssima, detestam-se cordialmente. Gostei como a personagem cresceu e evoluiu. O facto dela ter inicialmente 14 anos incomodou um pouco, é certo que ele vai esperar, mas a um dado momento acontece tudo um pouco rápido de mais. Ele sente-se culpado por adiar o casamento, e desiludir o amigo, mas também porque tinha uma relação com outra. É rico, adora ser um negociante, educado, frontal. Primeiro estranhou os costumes portugueses, depois acaba por achar piada e adoptar alguns. O interesse por Mariana vai ser um choque que o vai levar a lutar contra o que sente. Um pouco ciumento, e estúpido, como é que alguém pede aquilo? Como pano de fundo temos a invasão napoleónica, com bastantes detalhes, nota-se o trabalho de investigação, e que vai ter consequências para este casal. As escolhas que ambos fazem nem sempre é a melhor, ainda estou em choque com o que ele lhe pediu, e pela forma que ela “cobrou”, ficaram quites. Este livro não é feito apenas com Mariana e Daniel existem mais personagens que tornam a intriga mais interessante:
João, o pai dela um barão, que se encontra a morrer e que utiliza a riqueza para deixar a mulher e a filha em boas mãos, e que esconde um segredo relacionado com as raízes de Mariana
Sofia: a mulher de João, mulher fria, snob, detesta a filha que culpa por terem que ir morar no norte deixando João sozinho em Lisboa, e por esta ser a luz dos olhos do marido. Esta personagem esconde uma grande solidão. Vai tentar fazer a vida de Mariana miserável, a evolução desta personagem foi a que mais me surpreendeu, acabei por gostar bastante
Elizabeth: irmã dele, é considerada uma solteirona, adora o irmão, mas não lhe vai perdoar que a obrigue a casar com um empregado, o Joaquim, quando o homem que ama é outro. A convivência com o marido vai acabar por abrir-lhe os olhos e que descubra quem é o mais cavalheiro dos dois, o mais fiável e aquele que a ama
Ada: mãe de Daniel, não sabe o que pensar de tudo
Isabel: viúva e amante de Daniel, gosta dele, ela no fundo salvou-a e agarra-se a isso. Bastante vingativa, se não não teria feito aquela escolha. A relação dela com Mariana vai ser um carrossel
Gustave: um soldado francês que deserta e se refugia na quinta num momento em que Mariana esta vulnerável e a odiar o marido
José: um criado da mesma idade de Mariana, ele gosta dela, mas entre os dois vai nascer uma grande amizade
O final é frustrante, mas acabei de descobrir que a autora fez uma continuação com a filha deles :), o livro chama-se Uma mulher respeitavel

Jamais alguém lhe falara assim. Chegara a cultivar a ilusão de que era algo de belo e sagrado; algo que seria, para sempre, estimado. Voltou-se sobre o ombro para a rua de onde viera. A fome incomodara-a nas primeiras horas, espicaçara-a nos primeiros dias. Volvida uma semana, contudo, era algo que a moldava. Ela já não era Evelyn St. Clair, a menina privilegiada da Casa da Pereirinha que falava Português, Inglês e um pouco de Francês. Ela era uma escultura de ossos, uma catedral de fome, um monumento à sobrevivência.»
 

Nota: 4 /5

31: Perdoa-me - Lesley Pearse

 
Titulo: Perdoa-me
Titulo original: Forgive me
Autor/a: Lesley Pearse
Editora: ASA
Páginas: 485
Género: Contemporâneo

Sinopse: vida pode mudar num segundo. O instante em que encontrou a mãe sem vida nunca se extinguirá da memória de Eva Patterson. Num bilhete, as suas últimas e enigmáticas palavras: Perdoa-me.
O mundo seguro de Eva ruiu naquele momento devastador. Mas o inesperado suicídio de Flora vai marcar apenas o início de uma sucessão de acontecimentos surpreendentes. No seu testamento, Flora deixa a Eva um estúdio em Londres. Este sítio é a primeira pista para o passado secreto de uma mulher que, Eva percebe agora, lhe é totalmente desconhecida.
No sótão do estúdio, a jovem encontra os diários e os quadros da mãe, provas de uma fulgurante carreira artística mantida em segredo. O que levou Flora a esconder tão fundo o seu passado? Ao aproximar-se da verdade, Eva descobre um crime tão chocante que a leva a questionar-se se alguma vez conseguirá, de facto, perdoar.
Opinião: Começar por dizer que este livro foi oferta do meu amigo secreto a arcoirisnacozinha, na troca patrocionada pela pàgina do facebook do sinfoniadoslivros ,obrigado. Este livro começa de forma dramatica, com um suicidio, de uma mulher que aparentemente tinha tudo, uma mulher que decide ter um momento de egoismo para alcançar liberdade e uma paz, mas do que é que ela foge? Que segredos esconde? Estas questões são o fio central de toda a trama, a unica pista uma simples palavra escrita num papel: perdoa-me, mas de quê? Pergunta-se sobretudo a filha mais velha, Eva, que encontra o corpo, e de todos os membros da familia a que mais se questiona. Com a morte da mãe Eva vai descobrir que viveu uma mentira, que tudo em que acreditava é falso. Perdida, com desgosto atras de desgosto muda-se para o estudio que herdou em Londres aonde vai descobrir pinturas, diarios, que lhe mostram uma outra mulher nada a ver com a ideia da mãe e que a vão ajudar a descobrir a verdade, e a identidade do pai biologico. Busca que não é pacifica, e em que vai ter que conciliar o fim da relação com aquele que acreditava que era o pai, a péssima relação com os irmãos. O que descobre é previsivel, mas intenso, e que a faz duvidar por momentos se agiu da melhor forma em querer saber o que escondia a mãe. Esta busca vai ter custos pesados, mas também alegrias, novos amigo e um novo amor, o Phil, que diga-se é um santo. A historia de amor é bastante gira. O que eu não gostei: sobretudo do inicio muito plano, sem genica, sim existem dramas, mas que resolvem com uma facilidade surpreendente e pouco credivel. Gosto de textos com mais dialogos.
Nota: 3 /5

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

DIY: marcadores de livros Jane Austen e Orgulho e Preconceito ( desafio)

O segundo projecto do desafio envolve um livro de culto para mim Orgulho e preconceito. Fiz 3 marcadores.
Material:
cola
papel magnético para o marcador da Jane Austen
tesoura
furador
fita
régua
cartão de scrapbooking
moldes
2 tachas em forma de coração

Para os moldes, utilizei um perfil da autora que encontrei na net, para os personagens de Darcy e Elizabeth decalquei de uma foto da série da BBC.

Resultados




Os perfis que fiz

DIY: taça literária (desafio)

Um dos mini-desafios dizia respeito a livros que adoramos. O meu primeiro projecto diz respeito a um livro e uma autora que adoro: Juliete Marillier e o livro "o filho das sombras" da série Sevenwaters. Com uma caneta para louça  'marca Marabu) escrevi uma citação numa taça:

"Não posso fazer com que o seu caminho passe a ser amplo e direito. Há-de haver sempre curvas, e lombas, e dificuldades. Mas posso segurar-lhe na mão e caminhar a seu lado."




 

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Ecobag para quem gosta de livros

Hoje vou falar das minhas ecobags, a primeira comprei em Paris na Shakespeare and company, as 2 seguintes foram ofertas de uma editora a Milady ( é francesa)





Por ultimo vou deixar o link do blogue da Jenyfer, fez um tutorial para o desafio livros (ainda não fiz nada) do grupo de Diy do facebook. o trabalho ficou espectacular. a foto é dela, para apreenderem como se faz: petitjeny - diy-ecobag-com-estampa



DIY: máscara de raposa ( desafio)

Para o desafio de Carnaval do grupo de facebook de Diy, fiz uma máscara com o meu sobrinho.
 A ideia retirei do site Emma Magazine, a autora disponibiliza um tutorial e moldes. Além da raposa, disponibiliza também moldes para urso e texugo. Ver  aqui
Material:
feltro laranja, preto e cinzento
linha
agulha
tesoura
fita
alfinetes para fixar antes de coser
moldes



terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

30: O olhar do Açor - Sandra Carvalho

 
Titulo: Sombras da noite branca
Titulo original: Sombras da noite branca
Autor/a: Sandra Carvalho
Editora: Presença
Páginas: 557
Género: Fantasia
Site autor/a: ----

Sinopse: A descoberta dos Açores, e todo o mistério e aventura que a envolveu, foi o mote para esta obra em dois volumes de Sandra Carvalho. É uma narrativa que entretece com mestria verdade histórica e ficção, a realidade da sociedade portuguesa do século XV e a fantasia das personagens e dos cenários imaginados pela autora. Neste primeiro volume, que se centra nas histórias de vida dos fidalgos, ganham principal relevância as figuras de Constance, uma nobre inglesa enviada para Portugal para se casar com Gonçalves Vaz, senhor da valiosa herdade de Águas Santas; Nuno Garcia, um corsário implacável; Leonor, fruto ilegítimo da paixão de Constance e de Diogo, o jovem corajoso, protegido de Nuno Garcia e que Constance conhece durante a viagem, Guida, a escrava negra que cresceu com Leonor, e Tomás Rebelo, o fidalgo malévolo que deseja assenhorear-se de Águas Santas. Intriga, ganância, amor, paixão, e uma aura de misticismo, num romance extraordinário
Opinião: 1° livro de uma distopia: Cronicas da terra e do mar. apesar de começar como um livro histórico este é um livro de fantasia e dirigido ao publico jovem adulto. Preferia que a intriga tivesse sido narrada e que a autora se esquecesse da existência da palavra aleivoso/a ( até tenho pesadelos....), ao ser narrada perdeu dinâmica. Confesso que não gostei mesmo nada de grande parte do livro. Em relação às protagonistas não tive grande empatia, achei umas pirralhas. Comecei a achar piada a partir da chegada do vilão, é também a partir desta parte que a componente fantasia entra em força. A parte final adorei, e é o que me vai levar a ler o segundo. Existem duas intrigas dentro de uma só:
1°: diz respeito à mãe da protagonista: Constante é uma britânica que fica noiva de um aristocrata português. Na sua viagem para Portugal é raptada por piratas, e quando é salva apaixona-se pelo protegido do capitão de quem fica gravida. Mas apesar de o amar continua com o casamento. Conserva um amuleto celta com poderes. Esta intriga é secundaria e serve de introdução ao que vai seguir.
2° intriga: conta a historia de Leonor, filha de Constance e de Gonçalves Vaz um dos homens do rei (pensa ela). Adora o pai e é adorada por ele, o que faz com que aceda a esperar uns anos até lhe encontrar marido. Quando faz 16 anos o pai surge com um pretendente. Este vai ser o ponto de reviravolta, é que o pai dela é administra a vida umas terras conhecidas pelo poder curativo das Águas, algo que é cobiçado, sobretudo pelo vilão. A outra protagonista é a Guida, escrava, filha de escravos da família de Leonor, cresceu como um membro da família, Leonor considera-a uma irmã. Guida herdou da mãe a sensibilidade com plantas curativas e poderes.
O vilão: um irmão bastardo do rei e que é feiticeiro, disposto a tudo, desde matar, envenenar, enfeitiçar de forma a obter o controlo das terras e da água supostamente poderosa. Este vilão tem tudo para me agradar no futuro.
Na parte final as protagonistas vão conseguir escapar à prisão, e Leonor faz-se passar por rapaz de forma a procurar ajuda com o capitão que salvou a mãe e descobrir o paradeiro do pai um corsário temido por uns e respeitado por outros, o que a vai levar a embarcar como marinheiro num barco de piratas.
Nota: 3 /5

29: Sombras da noite branca - Sandra Carvalho

 
Titulo: Sombras da noite branca
Titulo original: Sombras da noite branca
Autor/a: Sandra Carvalho
Editora: Presença
Páginas: 557
Género: Fantasia
Site autor/a: ------

Sinopse: Halvard, o Filho do Dragão, espera ansiosamente a chegada da Noite Branca para assimilar o Conhecimento Absoluto. Quase todos os seus inimigos foram destruídos: apenas o rei Ivarr do povo viquingue, os Guardiães das Lágrimas do Sol e da Lua e os Sacerdotes dos Penhascos ainda resistem. Entretanto, a guerreira Kelda da Montanha Sagrada está pronta para se tornar mestra da Arte Obscura. Mas terá Kelda a determinação necessária para cumprir a missão que a Pedra do Tempo lhe atribuiu? Ou cederá ela à tentação do poder e abrirá o seu coração às sombras da Noite Branca?
Opinião: 8° e ultimo livro da série a saga das pedras mágicas. Felizmente neste livro consultei apenas 2 vezes o dicionário, já tinha a pesquisa do anterior, e é oficial sou alérgica à palavra aleivoso/a ( entretanto já li o novo livro da autora, ela abusa desta palavra). Gostei mais deste livro do que o anterior, mesmo continuando a incomodar o estilo de escrita da autora. A primeira metade é mais do mesmo, Kelda e mais Kelda, sim existe um ou outro avanço, mudança de cenários ou outro personagem, mas ela é exageradamente a meu ver o centro de tudo, e a personagem é muito “plana” sem dinâmica, estava à espera de mais da Oriana, da Inês. O “desaparecimento” do Sigarr, confesso que achei estranho, outro personagem mal aproveitado. Adorei a segunda metade, mais personagens, mais acção e ritmo. Este é o livro final, é neste que se preparam os ultimo preparativos para a batalha, e como toda batalha que se preze, existem muitas consequências, perdas. Mas este não foi apenas um livro de guerra, foi acima de tudo de aceitação da parte mais sombria da Kelda, da confiança adquirida e do amadurecimento como pessoa, e da tomada de consciência que nem tudo pode ser salvo, sobretudo a alma do irmão que há muito já não existia. Na parte final finalmente me reconciliei com a protagonista. Termos romance, tirando a parte em que a Kelda se interessa pelo Sigarr, que não entendi..., finalmente a Kelda e o Lysander vão se entender, algo previsível. A autora reserva algumas surpresas em relação a casais, um ou outro casal que parece forçado, mas que até faziam um par giro. Em conclusão uma boa saga, mas os primeiros livros são os melhores, mesmo sabendo das semelhanças com outra autora que adoro a Juliet acho que a Sandra soube dar o seu toque
Nota: 3,5 /5

28: O filho do dragão - Sandra Carvalho


Titulo: O filho do Dragão
Titulo original: O filho do Dragão
Autor/a: Sandra Carvalho
Editora: Presença
Páginas: 466
Género: Fantasia
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Sinopse: Após a batalha que reduziu a Ilha dos Sonhos a cinzas, Kelda assume-se como Sacerdotisa dos Penhascos para salvar o seu povo. Contudo, terá de combater Deimos, o rei do Povo do Fogo, e o terrível feiticeiro Sigarr. Na Terra das Montanhas de Areia, centenas de navios de guerra estão prontos para navegar rumo ao Império e à Grande Ilha, enquanto os Seres Superiores digladiam entre si. Kelda apenas pode contar com a preciosa ajuda da Observadora Íris, a única que tem a coragem de contradizer o Conselho. Conseguirá Kelda manter a essência pura, libertar o irmão da influência de Sigarr e salvar os Viquingues e os Aliados? Ou será obrigada a erguer armas contra aqueles que jurou proteger?
Opinião: 7° livro da série a saga das pedras mágicas. Gosto da série, mas este livro desiludiu-me. De um estilo simples a autora passou para aquilo que considero estilo pomposo. A escrita ficou mais pesada e cheia de palavras que nunca ouvi na minha vida. Até agradeço o aumento do meu vocabulário, mas dispensava. Quando leio um livro, gosto de entender aquilo que leio, quando não consigo entender uma palavra com a ajuda do contexto, procuro num dicionário. Neste livro isso foi uma constante, o que acabou por me enervar, frustrar e se tornar cansativo, porque acabei por perder o ritmo de leitura com este ler, para, procura palavra, volta a ler...isto acabou por fazer com que a intriga se perdesse. Em relação à intriga devo dizer que se focalizou muito na Kelda, uma Kelda que se comportava como uma autentica pirralha. Gostei mais da parte final do que do resto do livro. Neste livro a Kelda vai viver com o irmão, com a desculpa de aceitar lutar ao seu lado, vai tentar saber mais sobre a profecia e como lidar com o seu lado obscuro. Foi uma pena que devido ao excesso de protagonismo da Kelda, outras personagens que prometiam fossem pouco desenvolvidas. O aspecto mais interessante deste livro é a mudança do Sidarr, e de uma não direi mudança, mas um esclarecimento sobre quem é que é o vilão. Interessante evolução do Erebus A parte final é bastante violenta
Nota: 2 /5
 

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

27: A virgem cigana - Santa Montefiore

Titulo: A virgem cigana
Titulo original: The gypsy madonna
Autor/a: Santa Montefiore
Editora: Bertrand editora ( livro de bolso)
Páginas: 455
Género: Contemporâneo



Site autor/a: http://www.santamontefiore.co.uk/
Sinopse: Mischa conhece bem a sensação de abandono. O seu pai alemão desapareceu no final da guerra, deixando-o a ele e sua à mãe entregues ao ódio e ao desprezo dos outros habitantes da vila francesa.

Um dia o vento traz-lhe Coyote, um americano, e a sua vida muda radicalmente. Deixando a França para trás, Mischa reencontra a felicidade ao lado da mãe e de Coyote numa pequena cidade americana. No entanto, e tal como aconteceu com o seu pai, o padrasto também desaparece de repente sem uma palavra.
Já adulto, Mischa vive atormentado por estas cicatrizes. Quando a sua mãe, ao morrer, entrega a um museu A Virgem Cigana, um célebre quadro de Ticiano cuja existência Mischa desconhecia por completo, este decide então regressar a França para fazer as pazes com o seu passado e descobrir a verdade sobre a origem do quadro, por mais dolorosa que esta possa ser


Opinião: Adorei este livro sobretudo a 1° parte. Livro narrado na 1° pessoa, escrita simples, o estilo é bastante poético e com momentos de alguma magia. Romance existe pouco, mas não me incomodou nada. O protagonista é Mischa, um francês que foi viver para os EUA quando era criança, cujo inicio de vida pode-se classificar de dramático. Esta personagem é bastante complexa, a autora soube transmitir na perfeição a mistura de violência, inocência, de vazio, solidão. Este livro começa com Mischa perdido depois de perder a mãe, uma pessoa fechada, considerada fria, e com um mistério para resolver. Pouco antes de morrer a mãe ofereceu a um museu um quadro valioso, cuja existência ele desconhecia, tal como o mundo da arte. É impulsionado pelo afastamento da companheira a tentar descobrir o que se esconde por detras deste misterioso quadro. Esta viagem” vai permitir ao protagonista enfrentar-se com o seu passado, enfrentar a dor, e descobrir afinal quem é, quem foram os pais, o que aconteceu ao segundo companheiro da mãe que à mais de 30 anos estava desaparecido, e que voltou à aparecer por momentos para voltar a desaparecer. A autora conta a historia entre o passado e o presente. Gostei da parte do presente e das surpresas que a autora reservou, mas foi a parte que se desenrola a seguir à 2° guerra que eu adorei. Esta parte conta a historia de Mischa, uma criança de 6 anos que vive com a mãe, e que tem uma particularidade: não fala. A vida destes dois é tudo menos um mar de rosas. A mãe apaixonou-se por um alemão, casando-se com ele e dando à luz Mischa, algo que as pessoas não vão perdoar. São os parias da vila, odiados por quase todos, o único que lhes estende a mão, é um colega de trabalho dela, que a ama. Proibido de ir à escola, Mischa cria o seu próprio mundo, um amigo imaginário com quem partilhar alegrias e tristezas. É um menino triste. Mas tudo se modifica quando chega um novo hospede ao hotel em que a mãe trabalha, um americano chamado Coiote. Para ele este americano é um mago, com a sua guitarra, e voz consegue aos poucos transformar as pessoas, que se tornam mais simpáticas com ele, as crianças convidam-no para brincar, melhor ainda, faz uma amiga a Claudine. Com ela sente-se finalmente uma criança. Mas a magia final acontece quando recupera a voz. Ao longo do livro acompanhamos a transformação de Mischa, os altos e baixos da sua vida, a relação complicada com a mãe, a sua incapacidade para se comprometer. A sua chegada à vila que sempre o atormentou vai abrir uma caixa de Pandora, mas também permitir-lhe descobrir uma nova faceta dos pais, o segredo do quadro, a verdade sobre o desaparecimento de Coiote, e descobrir que podem existir segundas oportunidades nos amor. Uma das coisas que se podem concluir deste livro é que não existem coincidências.

Nota: 4/5

26: Caballo de fuego - Ganza - Florencia Bonelli


Titulo: Caballo de fuego - Gaza
Titulo original: Caballo de fuego - Gaza
Autor/a: Florencia Bonelli
Editora: Planeta
Páginas: 651
Género: Contemporâneo/ Erótico



Site autor/a: http://www.florenciabonelli.com/
Sinopse original: Matilde y Eliah han vuelto a separarse. En el Congo, sus esperanzas de una vida juntos se desvanecieron al ritmo de los celos, las circunstancias hostiles y las bajezas.

Matilde, cirujana pediátrica, se refugia en su pasión: el trabajo humanitario que lleva a cabo para la organización Manos Que Curan. Su nuevo destino es la Franja de Gaza, el territorio más densamente poblado del mundo, donde la consigna diaria es sobrevivir. Eliah Al- Saud se impone olvidar a Matilde y acabar con la obsesión que lo ata a ella.

En Bagdad, por su parte, Saddam Hussein da los últimos retoques para alcanzar su sueño: convertir a Irak en una potencia nuclear. Y en esta carrera diabólica, Matilde y Eliah se convertirán en piezas clave, debiendo emplearse a fondo no sólo para evitar una catástrofe mundial sino también para salvar la propia vida.

A un ritmo frenético y con giros inesperados, Florencia Bonelli pone fin a su exitosa trilogía Caballo de fuego, una apasionante historia donde el espíritu humano trata de imponerse en un mundo presa de la violencia y el terrorismo, aunque también lleno de bondad y solidaridad.

Opinião: 3° e ultimo livro da trilogia Caballo de fuego. Sem duvida nenhuma o melhor de todos. É certo que a intriga é um pouco surreal, mas esta bem estruturada. Este é um livro de grandes emoções, existe bastante drama, cenas comoventes. A intriga tem poucos momentos mortos, a acção é uma constante. Adorei o livro, mas não dei 5, porque detestei a evolução de 3 personagens, detestei os finais, e sobretudo com o casal, depois daquele inicio espectacular, a autora conclui daquela forma. Outro ponto positivo é o inicio adorei cada minuto da minha leitura do desabafo da Juana, sobre o comportamento imatura, e estúpido da Matilde, o que me leva a questionar, se a autora fez de propósito nos livros anteriores. Em relação à Matilde achei menos irritante. O fim é feliz, mas numa guerra existem sempre baixas, e é o que acontece neste livro. O cenário varia entre Gaza ( novo local de trabalho de Matilde como média), Congo (a vida do Jérôme como criança soldado e o seu salvamento), o Iraque ( todo o processo de elaboração do atentado, e da infiltração do Eliah “convidado” pela Agência), e os outros locais habituais entre Paris, Arábia Saudita, Londres. Alguns aspectos da intriga são bastante previsíveis, mas isso não me retirou de forma nenhuma o prazer da leitura. Em relação aos diferentes casais, existem evoluções, algumas muito boas, e uma que … enfim.... e para concluir a Célia patética, a pedido da Matilde não teve o final que merecia, mas até entendo a escolha dela. Eu tinha muito a dizer, o problema é que tinha que fazer spoiler e ando a controlar-me. Em conclusão o fecho quase perfeito para esta excelente trilogia. Para quem não conheço recomendo, é uma autora que ainda não me desiludiu.

Nota: 4,5 /5