quarta-feira, 16 de abril de 2014

63: Perte et fracas - Jonathan Tropper


Titulo: Perte et fracas
Titulo original: How to talk to a widower
Autor/a: Jonathan Tropper
Editora: 10/18
Páginas: 370
Género: Contemporâneo

 
Desafio 2014 : mount tbr reading ; new author

Sinopse original: Doug Parker is a widower at age twenty-nine, and in his quiet suburban town, that makes him something of a celebrity—the object of sympathy, curiosity, and, in some cases, unbridled desire. But Doug has other things on his mind. First there's his sixteen year-old stepson, Russ: a once-sweet kid who now is getting into increasingly serious trouble on a daily basis. Then there are Doug's sisters: his bossy twin, Clair, who's just left her husband and moved in with Doug, determined to rouse him from his grieving stupor. And Debbie, who's engaged to Doug's ex-best friend and manically determined to pull off the perfect wedding at any cost. Soon Doug's entire nuclear family is in his face. And when he starts dipping his toes into the shark-infested waters of the second-time-around dating scene, it isn't long before his new life is spinning hopelessly out of control, cutting a harrowing and often hilarious swath of sexual missteps and escalating chaos across the suburban landscape
Opinião: Este é um livro sobre o luto, sobre a perda de alguém que amamos, sobre a incompreensão de saber que o mundo não para, que continua a andar para a frente, como se nada tivesse acontecido. Este livro foi uma agradavel surpresa. De uma forma simples e com um humor sarcastico o autor conta a historia de Doug, um viúvo de 29 que perdeu a esposa num acidente aéreo à cerca de 1 ano, que ainda faz o luto, esta deprimido, não sai de casa, e quando sai é para ver se acerta num dos coelhos que invadiram o jardim (nunca acerta e quando sem querer mata um fica ainda mais traumatizado), utiliza o álcool para esquecer, e cuja família (que é “especial”) e amigos querem que siga em frente. Este ultimo ponto é um pouco irritante, esta insistência em ter que encontrar alguém, mas reconheço que alguns dos encontros arranjados tiveram uma certa piada. Devo dizer que gostei particularmente das cronicas que ele escrevia para a revista para a qual trabalhava intituladas : Como falar com um viúvo. Esta é uma historia contada na 1° pessoa, e apesar de alguns “desabafos” do protagonista, é um livro com personagens secundarias que intervém bastante. Gostei dos diálogos da Claire, irmã gémea dele, e do Russ, enteado. Ao longo das páginas ficamos melhor a conhecer o mundo de Doug, e sobretudo o medo de seguir em frente, por achar que esta a trair a esposa falecida. Pode-se dizer que tudo o que se passa vai servir para fechar um ciclo, e apesar de nada ficar concluído, deixa no ar o inicio de algo novo na vida de Doug. Alguns personagens:
Doug: 29 anos, casou com Haley alguns anos mais velha. Adora a esposa, tem pouca confiança em si mesmo, e quando esta morre sente-se perdido e culpado, sobretudo quando muitas coisas com que sonhou se começam a tornar realidades resultado indirecto da morte da esposa. Fica rico, conhecido como escritor, algo que ele trocava rapidamente pela volta dela. Um ponto interessante é a relação dele com o enteado, adoram-se mas não sabem como comunicar a dor.
Russ: enteado de Doug. Não se entende com o pai. A forma que tem de comunicar a sua dor é através de actos de rebeldia
Claire: irmã gémea de Doug. É a “consciência” de Doug. Algo inconstante e louca. Espantou todos ao casar com um homem rico e abandonar sonhos para se tornar dona de casa. Descobre que esta gravida e decide para choque do marido sair de casa e viver com Doug. Esta decidida a encontra alguém para ele, e a conduzi-lo no “bom caminho”.
Os pais: ela é uma antiga actriz, que vive como se estivesse a actuar, viciada em comprimidos. Ele é um cirurgião conhecido, frio, reservado. Sofreu um ataque que faz com que tenha comportamentos extremos e se esqueça das coisas. Mas curiosamente dá-se melhor agora com os filhos.
Debbie, irmã mais nova dele. Devido o morte da cunhada, fica noiva. “Concretiza” com o melhor amigo de Doug, na semana de luto tradicional dos judios, algo que o Doug não acha piada. Mike é o noivo e melhor amigo que não sabe como reagir com Doug, enquanto que ela esta decidida a ter o casamento perfeito. Movimentado posso dizer que foi :)
Laney: amiga da Haley e vizinha. Seduz o Doug, apesar de casada, no fundo ambos aproveitam-se um do outro.
Brooke: psicóloga da escola de Russ, tudo indica que será com ela que irá prosseguir. Tem o seu carácter.
Este é um livro que mistura de forma eficaz momentos fortes e tristes, como quando a mãe de Doug lhe diz que ela perde o esposo todos os dias, e quando este se encontra lucido aproveita como se mais nada existisse, e momentos engraçados, como o que fez o Russ ao pai, ok, foi bastante mauzinho, mas entendi o motivo.
Nota: 4,5/5

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