Titulo:
La rose de minuit
Titulo original: The
midnight rose
Autor/a:
Lucinda Riley
Editora:
City
Páginas:
572
Género:
Contemporâneo
Sinopse
original:
Spanning
four generations, The
Midnight Rose sweeps
from the glittering palaces of the great maharajas of India to the
majestic stately homes of England, following the extraordinary life
of a remarkable girl, Anahita Chaval, from 1911 to the present day .
. .
In
the heyday of the British Raj, eleven-year-old Anahita, from a noble
but impoverished family, forms a lifelong friendship with the
headstrong Princess Indira, the privileged daughter of Indian
royalty. As the princess’s official companion, Anahita accompanies
her friend to England just before the outbreak of WorldWar I. There,
she meets young Donald Astbury—reluctant heir to the magnificent,
remote Astbury Estate—and his scheming mother.
Ninety
years later, Rebecca Bradley, a young American film star, has the
world at her feet. But when her turbulent relationship with her
equally famous boyfriend takes an unexpected turn, she’s relieved
that her latest role, playing a 1920s debutante, will take her away
from the glare of publicity to a distant corner of the English
countryside. Shortly after filming begins at the now-crumbling
Astbury Hall, Ari Malik, Anahita’s great-grandson, arrives
unexpectedly, on a quest for his family’s past. What he and Rebecca
discover begins to unravel the dark secrets that haunt the Astbury
dynasty . . .
Opinião: Este
livro começa com o relato de uma centenaria indiana, Anahita, uma
mulher que nunca aceitou algo que todos dão como verdadeiro a morte
do filho mais velho quando era criança. Para ela ele continuava
vivo, porque ainda não escutara o canto da morte, e uma mãe sabe
sempre quando perde uma parte da sua alma. Uma dia esse canto é
escutado, mas a procura para ela não deve terminar. Encarrega o
bisneto mais velho da procura, e de dois documentos: uma extensa
carta aonde ela explica e conta a sua vida, e o óbito que lhe tinham
dado com a data que ela alterou. Este livro é o relato de um amor
impossível para a época, um amor entre raças diferentes, forte,
mas cuja sociedade não aceitava. É sobre um amor que por mais forte
que fosse os inimigos também o eram. É um livro com bastante drama.
A escrita é poética, mas com capítulos um pouco lentos. O estilo
da autora mantém-se: a intriga é dividida entre o passado ( que eu
adorei apesar do drama), e o presente ( menos explorado o que foi
pena). Presente, a intriga centra-se em dois personagens:
Ari: bisneto mais
velho de Anahita, é o seu preferido, herdou do misterioso bisavô os
olhos azuis. É o mais ambicioso da família, o que o torna no inicio
do livro em alguém detestável: narcisista, preocupado em ter mais e
mais, egoísta. A sede de poder leva-o a “esquecer” o pedido da
bisavó. Passam anos e é preciso um desgosto amoroso, ou melhor um
pontapé no ego da companheira que farta de esperar, sai de casa e
aceita o casamento de conveniência feito pela família, para
“acordar”. A carta da bisavó serve como novo objectivo, algo que
dará um novo sentido à vida. Aproveita uma viagem de negócios em
Inglaterra para investigar a estadia da bisavó. A investigação
leva-o a uma mansão Astbury, que esconde muitos segredos. Nesta
mansão vai conhecer Rebecca com quem estabelece uma ligação.
Rebecca: actriz
americana famosa. A vida pessoal esta um caos, e o novo filme é uma
escapatória que vem no melhor momento. Viaja para Inglaterra para
rodar um filme de época. As gravações são feitas numa antiga
mansão. É lá que fica hospedada. Uma casa com habitantes um pouco
estranhos, uma governanta um pouco condescende que decide cuida-la
como uma mãe, e um proprietário solitário, fechado. Mas o mais
espantoso é quando descobre um quadro de Lady Violette uma americana
que nos anos 20 casou com o proprietário, e verifica que poderiam
ser gémeas. Esta semelhança irá ter estranhos efeitos no
proprietariado.
No passado: os
cenários dividem-se entre a Índia e Inglaterra, os personagens
principais:
Anahita: é prima de
reis, mas a mãe optou por um casamento de amor com alguém
considerado inferior. A educação dela foi atípica, o pai era um
nacionalista liberal, que lhe deu uma educação reservada aos
rapazes, a mãe era uma curandeira, com um dom, que lhe passou a ela.
De uma vida simples passa para uma vida opulenta como companheira de
uma prima quando o pai falece. Mas é outra princesa que vai alterar
o rumo da sua vida. Sua nova companheira vai acompanha-la a
Inglaterra, o que lhe permite estudar num colégio reputado. Esta
fase da personagem relata vários anos, com altos e baixos, com
desilusões e alegrias. Mas é graças a esta viagem que conhece
Donald com quem vai viver um grande amor, interrompido pela guerra e
pelas maquinações da mãe dele desesperada por salvar a casa
familiar.
Donald: o herdeiro
de uma casa e terras que precisam de dinheiro desesperadamente. A
guerra da-lhe outra prespectiva da vida. Apaixonado pela Anahita esta
disposto a vender tudo e a chocar a sociedade. Não estava à espera
da mãe e da sua própria imaturidade, sim ele teve culpas a meu ver.
Faz uma escolha que mais tarde se arrepende. Vai tentar conviver com
a escolha e o o seu amor, o que vai dar péssimos resultados.
O final é
dramático, é muitos sentidos. Existem personagens secundários
muito interessantes como a Lady Violette, a melhor amiga dela ou
mesmo a mãe dele que como vilã cumpre os requisitos. A autora deixa
um epilogo que me deixou num inicio sem reacção, pode-se dizer que
foi maquiavélica. Em resumo apesar de algumas cenas lentas este é
um grande romance.
Nota: 4 /5