segunda-feira, 10 de novembro de 2014

200: La mort pour seule compagne - Harry Bingham


Titulo: La mort pour seule compagne

Titulo original: Talking to the dead
 
Autor/a: Harry Bingham
Editora: 10/18
Páginas: 451
Género: Policial
Desafio 2014 : new author 

Sinopse original: At first, the murder scene appears sad, but not unusual: a young woman undone by drugs and prostitution, her six-year-old daughter dead alongside her. But then detectives find a strange piece of evidence in the squalid house: the platinum credit card of a very wealthy--and long dead--steel tycoon. What is a heroin-addicted hooker doing with the credit card of a well-known and powerful man who died months ago? This is the question that the most junior member of the investigative team, Detective Constable Fiona Griffiths, is assigned to answer.

But D.C. Griffiths is no ordinary cop. She's earned a reputation at police headquarters in Cardiff, Wales, for being odd, for not picking up on social cues, for being a little overintense. And there's that gap in her past, the two-year hiatus that everyone assumes was a breakdown. But Fiona is a crack investigator, quick and intuitive. She is immediately drawn to the crime scene, and to the tragic face of the six-year-old girl, who she is certain has something to tell her . . . something that will break the case wide open.

Ignoring orders and protocol, Fiona begins to explore far beyond the rich man's credit card and into the secrets of her seaside city. And when she uncovers another dead prostitute, Fiona knows that she's only begun to scratch the surface of a dark world of crime and murder. But the deeper she digs, the more danger she risks--not just from criminals and killers but from her own past . . . and the abyss that threatens to pull her back at any time
Opinião: 1° livro da série consagrada à inspectora Fiona Griffths. O inicio deste livro foi complicado: narração na primeira pessoa, frases curtas, e um tom bastante impessoal. O ritmo é por vezes lento. A intriga policial não trás nada de novo. Mas eu adorei este livro e isso deve-se à protagonista Fiona. A Fiona é estranha, bizarra, um pouco anti-social, picuinhas com certas coisas, mas é uma personagem que atrai, que me fascinou. Fiona é uma personagem atípica. Os seus primeiros anos de vida são um mistério, cujo véu se levanta um pouco na parte final, e que faz parte da intriga central. Fiona sofreu durante a adolescência de uma doença rara e ainda se encontra em recuperação. Foi-lhe diagnosticado síndroma de Cotard na forma rara, esta doença caracteriza-se pela negação de emoções, os doentes acreditam que estão mortos e o corpo em putrefação. É como se estivessem anestesiados, fora do seu próprio corpo. Fiona foi internada durante mais de 2 anos. O grau da doença baixou, mas esta esta à espreita, o que faz a Fiona ser cuidadosa, e estranha. Uma das técnicas que aprendeu é associar acontecimentos, reacções do corpo a sensações de forma a poder reconhece-las. As pessoas pensam que é fria, a realidade é que na maioria das vezes ela não sabe o que sente. É policia em Gales, para desconsolo do pai, que pelos indícios ao longo do livro é um homem, nunca foi apanhado, que actua do outro lado da lei. Fiona gosta de ser inspectora, sobretudo de tratar da papelada, existe uma rotina que para ela significa segurança. Mas a morte de uma prostituta e da sua filha de 6 anos, faz com que se interesse pelo caso , e tenha uma fixação pela morte delas sobretudo da menina. Isto faz com que comece a investigar por sua conta, apesar de reconhecer nela indícios de medo e pânico a algo que ela não entende. O núcleo da Fina vai desde o chefe na esquadra que não sabe o que fazer dela, aos colegas que não a entendem, ao familiar com pai, mãe e irmãs, às amizades um pouco estranhas: o Leo antigo professor de defesa com quem ela mantém uma relação que a própria define como amizade, mas como tudo neste livro é estranha, sobretudo graças ao mistério que o envolve; o Ed antigo psiquiatra que ela volta mais tarde a encontrar e com quem tem um caso rápido (ela tem curiosidade, ele gosta dela, mas o facto de ser uma antiga paciente faz com que fique aliviado com o final). E depois existe o Dave. Este é colega de trabalho dela. Esta parte até tem piada, é que ela não entende a primeira vez que ele a convidou para sair com ele, e quando finalmente entende o que ele quer, primeiro fica um pouco perdida, mas como o que ele lhe transmite é agradável decide fazer o que viu raparigas ou leu sobre a arte de sair: cuidado com a roupa, maquilhagem, sorrir nos momentos certos, centrar-se nele. Apesar de tudo começar como uma forma mecânica da parte dela, e de não saber reconhecer o que sente, isto fica sério, tenho receio, apesar dele saber a historia dela, e da fama de bizarroide, que o medo do desconhecido o afaste espero que não. Esta é uma série que eu vou definitivamente continuar a seguir.
Nota: 4/5

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