Titulo:
El reino de Azahar
Titulo original: In
land der orangenblüten
Autor/a:
Linda Belago
Editora:
Planeta de Libros
Paginas:
767
Género:
Landscape
Site
autor/a: -------------
Sinopse: Róterdam,
1850: la pequeña Julie Vanderberg pierde a sus padres en un trágico
accidente y su tío se convierte en su tutor legal, pero lo hace con
el único propósito de quedarse con la sustanciosa herencia. Cuando
Julie cumple los dieciocho años, este, asediado por las deudas,
concierta un matrimonio con un colega de negocios, Karl Leevken, al
que pretende pagar con la dote de su sobrina. Así, Julie se
encuentra atada a un hombre al que casi no conoce, pero que le
resulta encantador y carismático. Solo unos días después de la
apresurada boda, ella le sigue rumbo a la colonia holandesa de
Surinam, en Sudamérica, donde Karl regenta una próspera plantación
de caña de azúcar y donde descubrirá su verdadero carácter. Una
vez en Surinam, Julie tiene que adaptarse a la vida en la plantación,
aunque no le resulta nada sencillo. Se siente mucho más próxima a
los esclavos que a su despiadado marido, su malcriada y estirada hija
y el prometido de esta, Pieter, un arribista espurio y sin
escrúpulos. En Jean, el contable de Karl, Julie encuentra un amigo y
confidente, e inician una relación que será el desencadenante que
liberará las tensiones latentes entre todos los miembros de la
familia; asimismo, provocará una sucesión de dramáticos hechos que
culminarán con la abolición de la esclavitud en Surinam.
Opinião:
Adorei este livro apesar do romance ser um pouco sem sal. Este acaba
por ser um livro sobre mulheres. Apesar de existir uma protagonista a
Julie, está não pode ser considerada a mais importante. Para mim
existem 3 protoganistas : a Erika, a Kiri e a Julie que serviu
de elo de ligação. Estas 3 mulheres são completamente diferentes,
pertencem a classes diferentes, tem experiências diferentes, e
sonhos, com excepção de um : a liberdade. É através das suas
vozes que acompanhamos o período que antecede o fim da escravatura no
Suriname, um pais da América do Sul e antiga colónia holandesa. Achei
interessante como a autora descreveu sobre o tema, sobre a forma como
as pessoas pensavam do assunto e como viviam. A escrita da autora é
simples, por vezes um pouco crua, apesar de algumas descrições, o
ritmo é constante, o que torna a leitura fluída. Existe alguma
violência relacionada com os escravos, mas também como resultado da
forma como a mulher era vista. O que eu não gostei : uma
atitude da Julie no final do livro, até percebo a necessidade de
finalmente ser um pouco egoísta, mas de repente se ter tornado um
pouco « cega » em relação às consequências não. Este
é um livro para se ir descobrindo aos poucos, vou tentar não fazer
spoilers. As protagonistas :
Julie :
aos 10 ficou órfã, o tutor um tio, envia-a para um internato,
pertence à classe alta. Quase sem contacto com a família, torna-se
carente de emoções, o que a leva mais tarde a cair na armadilha do
tio. Este arranjou uma forma de ficar com parte da sua herança
casando-a com um rico proprietário de uma colónia a quem deve
dinheiro. Karl é carismático, misterioso, carinhoso, o que leva
Julie a aceitar a proposta. Mas a chegada ao Suriname provoca grandes
alterações no marido. E a vida na plantação não é o que
imagina. Na casa vive a enteada que desconhecia e que a odeia, o
noivo desta, um médico sádico, que apenas esta interessado em tomar
posse da fazenda, que a ameaça. E depois existe um segredo
relacionado com a morte da 1° esposa de Karl, de quem ninguém fala,
e um quarto a que ninguém tem acesso ou se pode falar. Julie vai
tentar ajudar os escravos situação que ela não concorda, mas
sempre que o faz existem consequências. Vai apaixonar-se pelo
contabilista da fazenda, um amor que não pode viver.
Erika :
a mais velha, pertence à classe média. Foi criada numa irmandade,
que envia os seus membros pelo mundo como missionários. Conhece
Julie na viagem. Erika preferia ter ficado na Alemanha, mas este era
o sonho do marido. No Suriname consegue criar uma vida ajudando os
escravos a curar-se, e quando finalmente se sente adaptada, o marido
sem esperar que o filho nasce parte. Sem saber se esta morto ou vivo,
ela não desiste de o procurar. Esta procura vai ter consequências,
e descobre que tudo tem um preço. Esta foi a personagem que eu mais
gostei, complexa, mais humana que as outras, teria adorado menos
sofrimento. Esta viagem acaba por ser uma forma da personagem
questionar a sua fé, a forma de amar.
Kiri :
a mais jovem, é uma escrava. Mulata, foi encontrada quando era bebé,
não sabe nada dos pais, foi criada por outra escrava. Quando a
fazenda é atacada por escravos fugidos, escapa, mas termina nas mãos
de um vendedor de escravos. Por pura coincidência, o marido da Julie
compra-a para ser a escrava pessoal dela. Entre as duas nasce uma
amizade, sendo que Kiri vai fazer de tudo para a ajudar. Vai se
apaixonar por um escravo « cimarron » (selvagem) que
encontra numa cerimonia promovida pelo xamã. Achei fofa esta
personagem e a forma como se comportava inicialmente com o Dany.
As
personagens masculinas tem a sua importância na intriga : o
Karl (esta personagem surpreendeu-me, e até consigo entender algumas
atitudes), o Pieter ( o genro da Julie, este é o grande vilão,
adora fazer experiências médicas com os escravos), o Jean ( o
contabilista achei tão fraca esta personagem....), o Dany ( escravo
cimarron vive na floresta numa comunidade, não esperava que as suas
origens fossem aquelas), o Aiku ( escravo pessoal do Karl, foi-lhe
cortada a lingua por um motivo que só no final é explicado, eu
desconfiava, mas não tinha certeza), o Reinhard( esposo da Erika,
sonhador, ama a esposa, mas a sua fé e espalhar a mesma é mais
importante). Adorei a capa.
Nota: 9,5/10
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