Titulo:
L'île des chasseurs d'oiseaux
Titulo original: The
blackhouse
Autor/a:
Peter May
Editora:
Babel Noir
Páginas:
425
Género:
Suspense
Desafio
2014 : Diversidade literaria : policial; mount tbr
reading ; new author
Sinopse original:
When a brutal murder on the Isle of Lewis bears the hallmarks of a
similar slaying in Edinburgh, police detective Fin Macleod is
dispatched north to investigate. But since he himself was raised on
Lewis, the investigation also represents a journey home and into his
past.
Opinião:
1° livro da trilogia escocesa. A escrita é simples mas bastante
descritiva. Narrada na 1° pessoa. A intriga intercala-se entre
passado através das memorias do protagonista e o presente, sendo que
o passado “ocupa” mais espaço. Passado que é essencial para
entender o presente. Finn é policia no continente, e é natural da
ilha de Lewis, ilha que ele nunca mais visitou desde que saiu. Mas
agora tem que voltar. A vontade é pouca, mas acaba por se tornar
numa desculpa para sair de casa, do seu ambiente caustrofobico, de
dor e culpa, e afastar-se da esposa. Casamento que apenas se mantinha
unido pelo filho, e agora este já não existe, o que o leva a tomar
decisões. Finn tem que ir investigar um crime, cujas semelhanças
com um caso que investiga é enorme. A volta à ilha e ao seu
ambiente selvagem e pesado, faz com que comece a recordar os momentos
mais marcantes da sua vida: o melhor amigo, o 1° amor, a perda dos
pais, os sonhos e as desilusões. Gostei desta parte, da forma como é
apresentado o protagonista ainda inocente, com o mundo pela frente,
mas que a vida lhe vai demonstrando que nada é perfeito. Estas
“viagens” servem também para conhecer-mos rivalidades, medos,
segredos, serve para Finn começar a recordar algo que optou por
esquecer, mas que esta sempre presente como uma sombra. Finn vai
encontrar antigos amigos e colegas: Ardair, melhor amigo e rival
amoroso, Duncan o antigo filho do pastor o rebelde que se tornou
contra todas as expectativas padre, Marsaili, o 1° amor, com quem
pensou ficar o resto da vida, com quem teve as primeiras
experiências, sonhou um futuro, mas que por um motivo acaba casada
com Ardair. E depois existe a vitima Ange, o bruto da escola, que
não melhorou com os anos que criou inimigos, e cujo corpo foi
encontrado pendurado e aberto, e cujo assassino tudo aponta ser um
habitante. No meio de coisas ditas e não ditas, existe outro aspecto
fundamental para entender esta intriga, uma tradição, por muitos
considerada um rito de passagem de criança a homem. Este ritual
ancestral e bárbaro consiste em em viajar de barco para um rochedo,
e ficar durante 15 dias, sobreviver ao ambiente agreste, à escalada,
para caçar pássaros típicos o Guga. Um aspecto interessante neste
livro, é que de alguma forma as personagens em algum momento
sonharam em “escapar” da ilha, viver uma outra vida, mas poucos o
conseguiram, existe por isso uma espécie de luto. A principal
intriga é previsivel, mas não deixa de ser interessante ir
descobrindo os motivos.
Nota: 4,5/5